Exposição BREAKING THE PATTERNS na Cowshed Gallery, Dublin, Irlanda. Fevereiro 2025








   




Cápsula Protectora: viagem exploratória # 1, Performance fotográfica, 2024










This exhibition is a pivot point for this group of emerging artists, who have developed their recently established artistic methodologies within the context of new cultures, places, people and climates. Within the Breaking the Patterns programme there was an emphasis on cross cultural dialogue and connecting with fellow local artists which has led the participating artists to create new work which reflects on notions of identity, place as well as the built and natural environments where they were on their 3 month residency – in Seville and Lisbon. Being immersed in a new place or programme has the ability to both overcome you with curiosity and instigate a process of deep reflection as you bring your own experiences with you. In this work we can see so many instances where such new experiences have been received and translated as ways to communicate their developing artistic language, as well as showcasing and embracing their work as artists with confidence and the belief in their capabilities.” – Róisín Foley, Curator for Breaking the Patterns exhibition.

The exhibition showcases the artworks of 13 artists in total ( Ireland based, Seville based and Lisbon based artists). Jack Lynch, Grace Hickey, Karmel Daly, Cian Lawlor, Rhys Wallace, Sarah Cogley, Laura Gata, Anna Payán, Emily Lanin, Rita Carmo, Rachel Roberts, Paul Cashin, Sarah Kinneen.

||Em actualização||

Exposição iMATERIAIS de CONSTRUÇÃO - Ensaio Aberto # 3 na Galeria Mergulho, Parede. Outubro 2024

 







iMateriais de Construção
Ensaio Aberto # 3
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Instalação, Performance fotográfica, Animação stopmotion e Maquetes
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Nos últimos quatro anos Rita Carmo tem desenvolvido uma Arqueologia e uma Etnografia doméstica emocional baseada no que ficou dos materiais de construção da sua casa de infância.

Manipulando estas peças essenciais da construção da sua própria identidade, investigou intuitivamente o impacto que tiveram, têm e terão no seu passado, presente e futuro.

O seu corpo-figura esteve sempre implicado em todas as obras criadas até agora.

Por vezes, fixa o momento performativo, ao chegar à frente da câmara após marcados os 10 segundos  de atraso no obturador; outras, manifesta-se através de roupas e objectos rituais que dão vida a criaturas imaginárias. Repetidamente, ela é protagonista de acções que nascem de uma oscilação entre consciente e inconsciente, estimuladas pelo seu processo de improvisação particular.

Simultaneamente directora artística, performer e fotógrafa do seu trabalho, tem procurado o momento da curadoria como forma de distanciamento e reflexão sobre o percurso realizado. 

Nesta exposição testa a ideia da Casa de Família como um centro de experiências e uma máquina de construção de identidade: a configuração dos espaços, as características dos revestimentos, os padrões dos tecidos e as proveniências dos objectos, revelam-se como material genético orientador de sensações, emoções, pensamentos, possibilidades de vida e comportamentos.

E se fosse possível criar uma casa (da memória) com apenas um móvel? Que condensasse as mais importantes experiências do passado embora já parcialmente fundidas com o presente, revelando pequenos ou grandes deslocamentos do ponto de partida original. 

E não seria ela uma grande casa animada, onde já se torna difícil distinguir o real do imaginado?

Um “Móvel-Mapa da memória” que se desdobra sempre mesmo a tempo e onde pequenas unidades móveis de grande importância se movimentam de forma imprevisível, provocando encontros improváveis e bailes de memórias ecléticas. Um lugar onde os interruptores podem servir para acender e apagar tanto as memórias boas como as traumáticas.

Nesse espaço, real-imaginário, onde é possível uma estrutura híbrida de memória oferecer-se um momento de reflexão e mergulhar os pés nas linhas da sua própria confecção ou brincar acrobaticamente entre memórias adjacentes,  as memórias materializadas em objectos podem ser palco de reuniões terapêuticas para clarificação e apaziguamento de outras memórias e emoções.

Um verdadeiro comboio-fantasma que desliza entre a tristeza, a alegria, o medo e a felicidade. Mas há sempre uma certeza: numa estrutura doméstica emocional como esta, há sempre razões para dançar!

Nestas últimas explorações arqueológicas, Rita Carmo, retira-se, assim, pela primeira vez, do centro da obra, oferecendo o espaço da sua memória a quem quiser percorrê-lo e senti-lo.

Em outras peças que aqui se expõem pela primeira vez, a sua característica autorrepresentação mantém-se viva em desdobramentos da criança-adulta que experimenta incessantemente estratégias de pertença, protecção e superação, manipulando e integrando os objectos icónicos da sua infância, e mantendo-os, e a si própria, sempre a 10 segundos da desmaterialização.

No seu conjunto, as obras e a artista, recebem-nos num envolvente espaço sonoro e odorífero que nos conforta, sobressalta e diverte, surpreendentemente povoado por visitantes inesperadas.

Mas, atenção, olhem sempre para ambos os lados ao atravessar este caminho! Uma memória pode sempre esconder outra, e uma delas pode ser a vossa. 



Camuflagem #1 no MUSEU* do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra





Camuflagem #1, de Rita Carmo, 2020
Foto: Daniel Madeira
Estore, de Nuno Sousa Vieira, 2018





Agradecimentos:
CAPC, Daniel Madeira, Nuno Sousa Vieira, Aurora Machado, Fernando do Carmo e Magda Paraízo.

*O MUSEU é uma obra de arte pública do artista Francisco Tropa

 

Seleccionada para o JOGO DO SÉRIO

 É um prazer, e um orgulho, anunciar que a minha obra "Camuflagem #1" foi seleccionada pelo júri da Open call do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (@capc.), para jogar o _Jogo do Sério_ com a obra "Estore" de @Nuno_sousa_vieira!!

Muito obrigada CAPC Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Daniel Madeira e @nuno_sousa_vieira!
A exposição deste projecto curatorial de @danielsilvamatosmadeira é realizada no MUSEU, em Coimbra, que em si é já uma obra artística de @francisco.tropa.
Está disponível para visitas 24 horas por dia, até 26 de Março.

MATERIAIS de CONSTRUÇÃO - Ensaio Aberto #2 > Folha de Sala ilustrada

 A morada de Rita Carmo

Lançarmo-nos num mergulho[1] no trabalho artístico de Rita Carmo é, inevitavelmente, imergir na sua história pessoal e nos significados que transportam os espaços e os objectos pertencentes ao tempo e à casa onde viveu a sua infância. A infância como o início da individualidade e a casa como a essência do ser que a habita, enquanto metáfora da formação do individualismo moderno, encontram forte expressão nesta exposição e em grande parte do trabalho recente desta artista plástica, em que a domesticidade e o quotidiano vividos se apresentam como parte integrante da sua interioridade construída.

Tendo como ponto de partida diferentes materiais de construção[2] dessa casa familiar – azulejos, cortinados, mantas, toalhas e outros tecidos, estantes, cadeiras, fotografias, paredes, janelas, vestuário, desenhos de infância – Rita Carmo revisita esse tempo, que quer esticado[3], e esse lugar – fortemente apropriados e presentes -, numa busca incessante pela sua origem e pelo processo de formação da sua própria identidade.

Tea party intemporal na Rua do Bocage, Instalação e Foto-conto, 2021 (pormenor)








Esta casa familiar emana de uma construção mental e afectiva, edificada pela experiência do habitar e pelas memórias imaginadas da artista, transportando cada obra uma narrativa da formação da sua própria individualidade, resgatando momentos intemporais[4] e significados da intimidade subjectiva e familiar, sob um olhar retrospectivo e reflexivo do presente.

Esta exposição não nos confronta, assim, com um exílio nesse tempo passado numa perspectiva memorialista, mas sim com uma dialéctica descontínua entre passado e presente, com um jogo entre presença e ausência, entre interior e exterior, recuperando preciosidades[5] da história pessoal e familiar da artista, 

Pretérito Perfeito: um gabinete de preciosidades, Instalação, 2022















































reinventando[6] os espaços vividos com os sentidos do agora.


O meu quarto de criança reinventado, Instalação ,2021


Afastando-se de meios mais tradicionais de expressão artística, Rita Carmo utiliza, numa óptica transdisciplinar, a fotografia, a instalação, a performance, consolidadas pela auto-representação. Através da fotografia, e com uma forte dimensão performativa, o corpo da artista funde-se com a sua obra, ora vestindo[7] tecidos pertencentes ao outrora quotidiano familiar, 

Jogo de Construção, Performance fotográfica, 2021

ora encaixando-se[8] em prateleiras que em tempos albergaram livros,

Jogo de Encaixe, Estudo para instalação site-specific, 2022






ora aninhando-se, como se de um abrigo nuclear[9] se tratasse, em armários, bancadas e banheira.

Abrigo Nuclear, Instalação site specific, 2022

A imagem e o corpo da artista não surgem como auto-retratos, constituindo a própria matéria-prima de algumas obras apresentadas, numa presença reiterada de si mesma, sem personagens ou artifícios.

A própria realização desta exposição apresenta-se como uma instalação artística, através da transformação da casa onde mora Rita Carmo numa galeria com horário de abertura para o exterior, entrecruzando-se no mesmo espaço a esfera privada e íntima da artista com o contexto público e profissional, flexibilizando-se, de forma singular, territórios e quebrando dicotomias, numa viagem, não ao Tahiti[10]mas à imaterialidade da verdadeira morada de Rita Carmo.

 

Rita Mira                                                                                     Lisboa, 8 de Junho


Rita Mira é investigadora no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais / Faces de Eva da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Doutoranda em Sociologia, desenvolvendo investigação na área da construção social da intimidade. Mestre em Estudos sobre as Mulheres pela mesma universidade, com a dissertação "O Arquétipo da Princesa na Construção Social da Feminilidade". Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa e pós-graduada em Gestão de Projectos em Parceria pelo ISCTE. Faz parte da equipa de redacção da Revista Faces de Eva.


[1] Nome da galeria da artista.

[2] Título do projecto que a artista se encontra a desenvolver.

[3] Texto da artista que acompanha a obra Tea party intemporal na Rua do Bocage.

[4] Tea party intemporal na Rua do Bocage.*

[5] Pretérito Perfeito: um gabinete de preciosidades*

[6] Performance dada para o meu quarto de criança reinventado*

[7] Jogo de Construção*

[8] Jogo de Encaixe*

[9] Abrigo Nuclear*

[10] Lugar idílico onde a artista situa as suas residências artísticas 'Se perguntarem por mim diz que estou no Tahiti!'. 

*Títulos das obras expostas.

Visita guiada à Exposição MATERIAIS de CONSTRUÇÃO- ensaio aberto #2


E para finalizar a celebração de mais um ciclo de criação e exposição,partilho a visita, guiada por mim, à exposição MATERIAIS de CONSTRUÇÃO-ensaio aberto #2!

Ideal para quem não teve oportunidade de ver ao vivo.

Visitas Guiadas na Galeria Mergulho

 


Amanhã às 16h, 17h e 18h faço visitas guiadas à exposição!

Encerra às 20h.

Conto convosco!!



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Exposição MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Ensaio aberto #2
GALERIA MERGULHO
Rua do Bocage, n. 17
2775-167
Parede-Cascais